Ajuda-me a ver.
O AMOR que me despertas pela manhã.

29 de março de 2010


"Nunca destrua o meu carinho por você. Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga, sorri ou aparece no olho mágico da minha porta."

- Tati Bernardi -

28 de março de 2010

Todo Sentimento ♥


"Todo sentimento precisa de um passado pra existir
O amor não, ele cria como por encanto um passado que nos cerca.
Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio
Com alguém que a pouco era quase um estranho
Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica..."

Gosto de você chegar assim♥ Arrancando páginas dentro de mim♥ Desde o primeiro dia. - Chico Buarque -

'O amor é um salto sem rede' - Lya Luft -






"...sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.

Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria."











"...Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza..."

"Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
...Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu..."

21 de março de 2010

Doçura


Doçura é a maestria dos sentidos. Olhos que vêem no fundo das coisas, ouvidos que escutam o coração das coisas, lábios que falam apenas a essência das coisas. Doçura é o resultado de uma longa jornada interior ao âmago da vida e a habilidade de lá permanecer e observar. A doçura procura pelo bem nas coisas, pois no seu coração reside a convicção de que o bem existe em algum lugar em tudo, é só ter paciência para descobri-lo.

A URGÊNCIA


"Então baixou a pressa.
Não tinha mais um dia a perder, pois embora fosse muito cedo, começou a suspeitar que era também desesperadamente tarde demais. Procurou Betinha, bilhete pronto, escrito com Parker em folha de arquivo. Quero falar contigo amanhã sem falta, na praça, depois da aula.
- Tu sabes? - perguntou Betinha, olho no olho.
Ele disse que sim.
De tardezinha, veio a resposta: Beatriz concordava. Amanhã na praça, sem falta.
- Mas tu sabes mesmo? - Betinha perguntou novamente.
Outra vez, disse que sim. Perguntou se era verdade. Betinha sacudiu a cabeça, que era. Antes de ir embora, ainda falou:
- Olha bem para o pescoço dela. Tem uns caroços aqui, assim, inchados. Aquilo é a doença.
Ele olhou bem, quase meio-dia da manhã seguinte, sentados num banco do centro da praça. Enquanto pedia, trêmulo de amor:
- Beatriz, quero namorar contigo.
Ela apertou contra o peito um livro de História do Brasil:
- Tu é muito criança - disse.
Quase não conseguia olhar para ela. Olhava o chão de pastilhas coloridas no centro da praça. Formavam círculos, quadrados, estrelas grandes e pequenas. Menores ainda, estreletes.
- Mas se eu sou criança - foi dizendo devagar, convincente -, se eu sou criança tu também é, porque só tens doze anos.
- Treze - ela corrigiu. E ergueu o rosto para o sol no meio do céu. Os gânglios inchados quase desapareciam assim. Gân-gli-os, repetiu mentalmente, essa palavra que quase não conhecia.
Espantado, percebeu que Beatriz usava batom. Batom clarinho, mal se notava. Parecia tão divertida e distante que aquela coisa densa, meio suja, dentro dele começou a se contorcer feito quisesse sair para fora. Cobra armando o bote, vômito armado na garganta. Ainda tentava controlá-la, quando insistiu:
- Eu gosto de ti, Beatriz. Eu gosto muito de ti. Eu gosto tanto de ti.
- Pois eu não - ela abaixou os olhos, procurando os dele. Quando encontrou, falou quase sorrindo, como quem dá uma coisa doce, não como quem enfia uma faca afiada: - Gosto só como amigo.
- Como amigo, não me interessa - gemeu.
Devia ser março, porque o sol era tão quente que fazia gotas de suor escorrerem entre as espinhas da cara dele até o lábio superior, onde aquele pêlos escuros começavam a se adensar. Sua cara de macho em preparação devia estar nojenta como a de um bicho. Mais tarde, bem mais tarde, se lhe perguntassem, mas ninguém saberia, poderia explicar que não tinha tido culpa. Foi aquela coisa suja de dentro que subiu descontrolada garganta acima, para atravessar a língua e os dentes até arredondar-se de repente na pergunta cruel que jogou no ar morno de meio-dia (e Sol na X, era o destino):
- Beatriz, tu sabe que vai morrer?
Ela levantou. Nem pálida, nem lágrimas nos olhos. Remota, fatídica. Ele levantou também. Só então percebeu que, além do batom, ela usava sapatos de saltinho que a faziam quase dois palmos mais alta que ele. Por trás dela, podia ver a torre da igreja. Talvez uma ou duas palmeiras. A caixa d’água ao longe, muito alta.
O sino começou a bater. Beatriz virou as costas e saiu caminhando,
pescoço erguido, o livro de História apertado contra os seios
tão empinados que, num último golpe, percebeu:
além do batom e dos saltinhos,
Beatriz também usava sutiã.

Beatriz era uma mulher.
E ia morrer."

___________________Caio Fernando Abreu

♥♥Fragmentos de Caio,
que sempre escreveu e retratou,
com alma e coração,
a realidade da vida, de nosso dia-dia.
Por isso digo que viver,
sempre será um de nossos
melhores momentos aqui.♥♥

"Não importa quanto vai durar - é infinito agora." ________________Caio Fernando Abreu

Hora Certa












Sempre acreditei que os acontecimentos
em nossas vidas tem uma razão de ser.
Sim, sejam eles ruins ou bons, tudo tem um motivo ou razão.
Perdas e ganhos...quantas vezes julgamos Deus injusto,
por tal acontecimento?
Várias vezes! Mas Ele não é o culpado,
ele apenas nos guia e tenta
nos faz entender, que nem sempre as coisas
são do jeito pensamos ou queremos fazer.
Por isso, sempre vem a pergunta:

- Mas...você acredita mesmo
nessa história de que as
pessoas aparecem na hora certa?

- E tem outra explicação?

Até o presente momento,
eu não encontrei
outra explicação,fato.
Tudo acontece na hora em que tem que acontecer.

Mundinho Virtual Nosso de Cada Dia


Todo mundo tem uma história de amor pela internet para contar. Mas acabam preferindo ficar calado. Têm vergonha. É muito nerd ficar de pijamão, até altas horas da madrugada, com a pupila dilatada, em frente ao computador – teclando e se deixando teclar, por pessoas de origem e procedência completa e absolutamente aleatória, de caráter imprevisível, e de um histórico pouco confiável.
No dia-a-dia, em que trabalho, estudos, serviços comuns podem ser feito pela internet, nada mais natural do que encontrar do outro lado, em algum lugar, pessoas que utilizam essa ferramenta e que acabam se ‘conhecendo’, fazendo amizades e se tornando tão parecidas, uma com as outras. Sem contar que a todo instante, aparecem novidades, sites de relacionamentos infinitos, mensageiros instântaneos, blogs, flogs, mini-blogs, que estreitam a distância, aproximando e oportunizando vínculos. Obviamente, os riscos são mínimos e, por isso, não há quem não tenha tentado, nem que seja uma amizade colorida.
O ideal, para quem tem uma relação virtual, é partir para o real, para o encontro cara-a-cara. A partir de então, poderá saber se essa relação será possível.
Eu acredito sim, na possibilidade de encontrar uma pessoa bacana, um amor pela internet, e isso é cada vez mais comum. Tenho amigos que encontraram sua cara metade dessa forma. Mas é importante atentar que na internet ninguém é feio, tudo e todos são perfeitos. Cuidado! Não se deixe enganar! Existem profissionais, verdadeiros sociopatas que são especialistas em seduzir, enganar, o que pode se tornar perigoso. O melhor seria sondar bem o terreno, para se sentir seguro, e se for conveniente partir para o real.

14 de março de 2010

Como Tudo Deve Ser







"Um belo sonho veio então despertar minha vontade,
Tudo vale apena pra te reencontrar,
Me livrei de tudo aquilo e consegui mudar,
Tudo que foi feito em troca de uma amizade mas,
Felicidade é poder estar com quem você gosta em algum lugar,
É foda ser louco, advogado do mundo mas,
Como tudo deve ser?
É foda ser taxado de doido, vagabundo mas,
Como tudo deve ser?
Foi quando te encontrei, ouvindo um som e olhando o mar,
Foi quando te encontrei, ouvindo o som do mar rolar...
Eu não nasci ontem, nem quando, como por onde mas,
Como tudo deve ser, com as balizas do nosso sistema
Sigo imprimindo meu sonho na história, como tudo deve ser..."

- Charlie Brown Jr.-

"Enfim. Cansei de pedir desculpa por quem eu sou. Cansei de ouvir de todo mundo como é que se trabalha, se ama, se permanece, se constrói. Eu tentei com todas as forças amar você e agora sofro com todas as forças pelo buraco que ficou entre o sofá e a planta e o meu coração. Você vai embora e eu vou voltar para as minhas manhãs com o iogurte que eu odeio mas que é a única coisa que passa pela garganta quando o dia tem que começar. Vou voltar para aqueles e-mails chatos de pessoas que eu odeio mas que pagam esse apartamento sem você. E ficar me perguntando de novo para quem mesmo eu tenho que ser porque só tem graça ser para alguém. E que se foda o amor próprio.
Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri levantando que nem criança o lábio superior direito e como eu gosto de você por isso e por tudo e mesmo quando é ruim e sempre quando é incrível e ainda e muito e por um bom tempo."

- Tati Bernardi -

"Me perdoe pelas vezes que de tanto querer leveza acabei pesando a mão. De tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo, e perdi o sentimento. Ou senti sem pensar e isso pra mim é como meus medos das drogas e então precisei roubar a chave do carro do seu bolso pra me proteger de não olhar mais uma vez você e nunca mais voltar pra casa. Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém. Me perdoa por eu querer de uma forma tão intensa tocar em você que te maltrato. Minha mão acostumada com um mundo de chatices e coisas feias fica tão gigante quando pode tocar algo lindo e puro como você, que sufoca, esmaga e estraçalha. Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma."


- Tati Bernardi -

"Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. Quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. Quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. Quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo."

"E lá vem você me perguntar porque é que estão todos casando, e falar pela trigésima vez que você vai acabar sozinho e não deve nada a ninguém. E lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. E me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você. E eu me digo que não é você. Porque, se fosse, meu sono seria paz e não vontade de morrer..."

- Tati Bernardi -

8 de março de 2010

Feliz Dia Internacional da Mulher!


Mulher...
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

6 de março de 2010


"Aos caminhos eu entrego o nosso encontro..."

- Caio F. Abreu -

A felicidade Morava tão vizinha Que, de tolo Até pensei que fosse minha...

- Chico Buarque -
"Hoje eu
acordei querendo
beijos apaixonados,
mãos dadas,
andar sem rumo e
lugares inesquecíveis.
Acordei querendo
banho de chuva, um
carinho,
um cafuné... "

1 de março de 2010

Tudo muda (ou não)


São poucas as certezas de que temos na vida, se é que podemos dizer que existe alguma. Das coisas que já vivi sei apenas que tudo passa e dificilmente uma situação vai se repetir em nossas trajetórias. Sejam bons ou ruins, nossos momentos não acontecem duas vezes.

Pode ser que meses ou anos mais tarde estejamos diante dos mesmos personagens e cenários do passado. Mas garanto que o friozinho que vai percorrer ou não nossos corpos será totalmente diferente. Não são apenas as silhuetas e roupas que mudam, circunstâncias, sentimentos, olhares e sorrisos nunca se repetem. O coração sempre altera o compasso, assim como nós desviamos nosso rumo e evoluímos caindo, levantando, aprendendo.


A cada silêncio, cada palavra, cada conversa, as escolhas que tomamos definem o nosso futuro. Aquela frase que ficou entalada na garganta ou a que sai quase sem querer quando estamos nervosos, o ‘eu te amo’ que deixamos de dizer ou demonstrar, aquela agonia de saber que não tentamos todas as possibilidades, que já é tarde demais para consertar o que passou. São importantes e rápidos detalhes que não podemos voltar e viver novamente. Não da mesma forma.

De repente eu me pego medrosa, insegura, boba. Não tenho medo de mudanças, mas não quero que nada mude. Percebo que a vida que eu lutei tanto para transformar era exatamente a que eu queria ter. Aquele era o meu jeito de ser feliz.

Ao mesmo tempo em que penso que não aproveitei o quanto deveria, fico imensamente feliz por ter vivido tantos momentos especiais. Aqueles que nada além das nossas memórias registram, mas que deixam marcas e feridas eternas em nós.

Compreendo que o que passou não possa voltar. Talvez quem inventou esse mundo tão dinâmico tenha razão, que chato seria se pudéssemos retornar e colocar cada palavra dita ou ocultada no seu devido lugar. Por outro lado, que ruim aprender com nossos erros e não pôr logo em pratica as lições.

Não quero só olhar para trás e lembrar com carinho de tudo que vivi. Quero rir de cada situação patética, doce, vergonhosa, alegre e até triste. Porém, sem deixar nenhuma vivência pela metade. Não quero pensar no que poderia ter sido e ficou inacabado. Da certeza de que nada pode ser igual, resta-nos apenas o consolo de que tudo que está por vir pode ser ainda melhor do que o que um dia foi.

Nesse universo de constantes transformações a única garantia que posso dar é a de que eu sou o que sou. Meu caráter, minha personalidade, meus sentimentos não vão mudar jamais. Portanto, se você me aceita e ama desse jeitinho estabanada, criança, louquinha e carinhosa de ser, isso será para sempre. Eu sei.

- Márcia Duarte -